terça-feira, 17 de março de 2009

Lugar

Eu tenho uma escrivaninha, tenho uma casa também, mas, sobretudo, tenho uma escrivaninha. A casa é da minha família, dos meu amigos um pouco, dos amigos dos meu filhos, até dos amigos dos meus amigos e amigos dos amigos dos meu filhos, e assim vai... Mas a escrivaninha é minha. Quando eu a vejo, identifico. É minha! É uma mistura de diário, agenda, utilitários, curtição, pepinos, estudo ...
É justo que ela seja uma bagunça. Eu sou uma bagunça. As coisas se perdem na minha cabeça. As coisas mais soltas que estão por cima - ou por serem atuais, ou porque eu as resgato o tempo todo - estão no meu dia, ou no meu dia a dia. O resto eu vou catando e dando lugar, dependendo do meu tempo, minha disposição, minha inspiração...
Algumas épocas, na escrivaninha, ou na cabeça, há mais caquinhos de diários, ou corrente diário íntegro. Às vezes são só pepinos, que eu encaro, ou passo sem ver, até que eu paro e os como. Pra tudo tem um tempero certo, nem que seja a fome ( de resoluções ), e que fome! às vezes é agenda. Recados da professora de Luca: quinta feira, aula de ciências sobre alimentação diversificada, levar mussarela; Até sexta entregar autorização e 10 reais para o movimento da escola contra a Dengue. Contas a pagar: dia 21 cartão de crédito, dia 20 conta de luz e salário de Katia. Quarta-feira: RPG. O mais rápido possível: consertar fardas de Luca. Às vezes é curtição, cartinha pra alguém, chocolate, presente, convocação da próxima reunião da Fundação, poesia, passagem, livro pra devorar, pois tenho que comer as apostilas de estudo pra concurso.
Conclusão: Recado ( pra mim e pros outros ): Não arrumem minha escrivaninha! Me dá um branco vê-la de outro jeito. É como um vazio, é algo que não é meu. Eu tenho uma escrivanhinha!!!

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