sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fatalismo

Dói
imponho um grito baixo
todos percebem
Estampido estupido,
baixo e frágil,
grosseria.
Atribuem-o a minha ingenuidade,
ao sindicalismo, ...
Sou uma estranha
Fatalismo
Nas entranhas da humanidade
arde
arde
arde
só em mim?
Aos outros
Marte é uma opção
hão de acabar com o mundo
com o doce fatalismo
amargo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

eis aqui.

já se perdeu tanto, que achou que nunca mais encontrava o fio da meada?o lugar-comum, a rotinisse, a pequeninice do olhar. tem tanto mar, e tanto sol lá fora, que mesmo quando coloco todos os nervos a serviço dele, ainda não é o suficiente.

parece mesmo é que preciso de uma bomba atômica. flit paralisante qualquer.cansada de palavras, cansada de vida, cansada verde. roxeamente cansada.por sempre andar, prática eterna do desapego, hoje, tenho frio na barriga. de sentir a distância entre o que nunca fui, e o que sempre sou. tudo é nada, like a mutantes.

e não existe, em canto escuro, com chuvinha de poeira, o barco a vela que mudará isso. é só entender que tudo é uma simples questão de uma mente aberta, espinha ereta e coração tranquilo.

(correndo contra o tempo, eu estou a me buscar)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Pós moderno

Às vezes eu acho que o pós modernismo é a era em que se cansou de ser moderno ou atual e se começou a ser velho desde novo. Deixou-se de degustar o bom do antigo e passou-se a ser antigo novamente, assimilando tudo sem expelir o que não presta. O que é querer ser posterior ao atual?

quinta-feira, 19 de março de 2009

Saudade de cartas

terça-feira, 17 de março de 2009

Inventar o que não tenho
Eu tenho essa mania incansável

Talvez eu a tenha inventado
Não sei se havia flor

Embaixo dessa argilosa terra
Nem sei se tem raiz
A minha criatividade secou

A minha criatividade secou
Nem sei se tem raiz
Embaixo dessa argilosa terra.

Não sei se havia flor
Talvez eu a tenha inventado

Eu tenho essa mania incansável
Inventar o que não tenho

Lugar

Eu tenho uma escrivaninha, tenho uma casa também, mas, sobretudo, tenho uma escrivaninha. A casa é da minha família, dos meu amigos um pouco, dos amigos dos meu filhos, até dos amigos dos meus amigos e amigos dos amigos dos meu filhos, e assim vai... Mas a escrivaninha é minha. Quando eu a vejo, identifico. É minha! É uma mistura de diário, agenda, utilitários, curtição, pepinos, estudo ...
É justo que ela seja uma bagunça. Eu sou uma bagunça. As coisas se perdem na minha cabeça. As coisas mais soltas que estão por cima - ou por serem atuais, ou porque eu as resgato o tempo todo - estão no meu dia, ou no meu dia a dia. O resto eu vou catando e dando lugar, dependendo do meu tempo, minha disposição, minha inspiração...
Algumas épocas, na escrivaninha, ou na cabeça, há mais caquinhos de diários, ou corrente diário íntegro. Às vezes são só pepinos, que eu encaro, ou passo sem ver, até que eu paro e os como. Pra tudo tem um tempero certo, nem que seja a fome ( de resoluções ), e que fome! às vezes é agenda. Recados da professora de Luca: quinta feira, aula de ciências sobre alimentação diversificada, levar mussarela; Até sexta entregar autorização e 10 reais para o movimento da escola contra a Dengue. Contas a pagar: dia 21 cartão de crédito, dia 20 conta de luz e salário de Katia. Quarta-feira: RPG. O mais rápido possível: consertar fardas de Luca. Às vezes é curtição, cartinha pra alguém, chocolate, presente, convocação da próxima reunião da Fundação, poesia, passagem, livro pra devorar, pois tenho que comer as apostilas de estudo pra concurso.
Conclusão: Recado ( pra mim e pros outros ): Não arrumem minha escrivaninha! Me dá um branco vê-la de outro jeito. É como um vazio, é algo que não é meu. Eu tenho uma escrivanhinha!!!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

sobra tanta falta.





às vezes, bem de mansinho, tem um pedaço de lágrima no canto do olho. que insiste em correr, traçando um caminho triste.
é como se ela fosse o tempo, que foi. que não volta. com as pessoas, os cheiros, as cores. as gírias, as loucuras, os lugares. os abraços, os amores, os altares.

olho tudo agora. e nada mais me resta, além do agora. do que me torno todos os dias. do que me faz sorrir hoje, do que me move. do que motiva, do me condena. do que me destrói.

sim, eu me destruo diariamente.
nas mentiras contadas, nas risadas forçadas. na saudade que eu finjo não sentir. (de tudo que eu ainda não vi.)
o dia desmaia no mar, e foi só mais um, nesse filme noir. o que eu fiz de diferente? o que você fez de diferente?

nada. simplesmente nada.
mas, o nada é simples mesmo? acho uma arte, o nada-fazer. o nada-construir, o nada-pensar.

e, sendo o que sou, mas, muito mais o que não sou, vou existindo. na fuga eterna do ser.

domingo, 11 de janeiro de 2009



parou-se;
para o alvorecer que vem vindo.
ou, se ele já se faz nitído, é forte, aos meus olhos.
e o rosa, que protege, é pouco.fraco e pequeno.

enquanto a maioria só esmaga o peito, e proíbe a liberdade.

ninguém deixa mais a tirania existir. eu sou meio má.
todo mundo é, ninguém assume. o lado b, preso. o lado negro do olhar.
os sentimentos ruins, as cores falidas, as palavras feias.



quer-se, têm-se, lê-se, come-se.
auto-mutilação diária. se eu pudesse, cansava disso tudo.
e ia vender coco em trancoso.
álias...em caraíva. o pôr-do-sol ainda é gratuito.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

2009.II

ela, veio pra ser presente na vida.

pra botar leveza no dia, e poesia no sorriso.

Caroliti:

ainda bem que você existe.

Feliz 2009 Florzoca!
Que você tenha muitas alegrias e muita saúde.
Que Deus te proteja e ilumine em triplo ...rsrs...
Que você não se perca de vez enquando.
Que dance mais cachorrinho.
Que rodopie, girando girando girando....rsrss
Que sorria mais e mais.
Que a gente tome mais cervejinha de vez em quando e fale mais besteira a vontade.
Que seja essa Ane doce e suave sempre.
Mas que aprenda a reclamar na hora certa também!

rsrsrs...

Agradeço a Deus por ter te conhecido.
Feliz ano novoooo!!!!

um beijoca foca em você.

domingo, 4 de janeiro de 2009

2009.


sabe quando o sol vem nascendo, invadindo a alma?
foi assim.
se fez amarelo-ouro, derretendo-se entre as nuvens meio brancas que surgiam.

sabe quando a gente vai consolidando umas certezas na vida?
foi assim.
porquê ali, naquele momento, tinha tudo que me bastava para ser eu. como se o mundo pudesse parar, mas minha ciranda era única, com giro solto-no-ar.

sabe quando a gente se vê feliz?
é bem assim.
porquê hoje, eu tenho o corpo inteiro feito-furacão. tenho vida, oferecida-como-dança. e tenho chuva, quando não-sol.

para que flores não faltem...
jamais!