sábado, 26 de abril de 2008
anybody else.!
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Quando Luis se viu sabendo ler e escrever, não tinha muito aonde. Na sua casa tinha uns 2 livros infantis que ele já tinha lido e relido e já sabia de cor. Dos livros de adulto que tinham lá, nem ele nem ninguém por ali entendia quase palavra alguma. Na cidade tinha muitas placas, mas fazia meses que não ia lá e nem adianatava insistir que sua mãe não o levaria por um motivo assim "tão à toa". Os cadernos eram pros mais velhos que já estavam na época de estudo e Luis devia ir brincar ao invés de pensar nessas coisas. Seu irmão Juca havia dado escondido a Luis 2 folhas de caderno, mas já estavam entupidas de palavras que ele escreveu, leu e releu...
O jeito mesmo era escrever no ar. Na parede não podia para nãolevar uma soiva que começa com S, depois tem o O, depois o V, e então o A. Quando Luis escreveu essa palavra no ar ela pesou e caiu sumindo no chão e o deixando aliviado. Masfoi aí que ele viu a solução e escreveu "AR". Já essas letras mal foram escritas e começaram a entrar e sair pelas suas narinas. De primeira Luis se assustou, mas logo se tranqüilizou. Não faziam mal algum essas letrinhas brincalhonas. Deram lhe um certo frio na barriga nocomeço, mas depois foi como se sempre as tivesse respirado.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Há um tempo atrás eu trabalhava com verificação de documentação da abertura de contas no banco. Verificava em média umas vinte por dia. Em pouco tempo eu me impressionei com a quantidade de identidades em que só constavam os nomes das mães. Todo dia ao menos uma. Uma vez ou outra 2. Mais raro 3 ou 4. Pensei em começar a contar, acabei não o fazendo. Mas me arrependo. Seria um dado importante.
Eu não entendo. Como pode ser assim? Se as mães tb não assumissem seus filhos com tanta facilidade e freqüência como os pais, quantos orfanatos precisariam haver em cada pequena cidade?